Atraso em repasses fez com que obras fossem paralisadas em sete câmpus.
Orçamento para 2016 ainda não foi aprovado pelo governo federal.
Patrício Reis
Câmpus de Palmas da UFT (Foto: Fabrício Soveral/G1)
A Universidade Federal do Tocantins (UFT) teve um corte de 50% no capital previsto para o orçamento de 2015. Além disso, por causa do atraso nos repasses do Ministério da Educação no segundo semestre de 2014, a instituição iniciou o ano com uma dívida de R$ 15 milhões. As informações são da Pró-reitoria de Avaliação e Planejamento (Proap).
Segundo a universidade, o orçamento previsto na Lei Orçamentária Anual (LOA) para a UFT em 2015 foi de R$ 303.715.260,00, com corte de 10% no custeio e 50% no capital.
As dívidas fizeram com que as obras da instituição nos sete câmpus do estado fossem paralisadas. "Para regularizar essa situação, o MEC começou a fazer o repasse aos poucos e a última parcela dessa dívida, referente às obras já executadas, será quitada em dezembro deste ano", disse a instituição.
Já em relação às obras que estão em fase de construção, a UFT afirma que precisa de um capital de R$ 50 milhões para concluí-las. "Com o fim da dívida, todo repasse do MEC voltado para obras será investido nas que foram iniciadas e tiveram que ser paralisadas."
Orçamento 2016
Segundo informações da Proap, o orçamento para 2016 ainda não foi concluído, porque que o Congresso Nacional só poderá aprovar o orçamento após o recesso parlamentar e, depois de aprovado, segue para sanção presidencial.
"Mesmo com a redução da verba, neste ano de 2015, foi autorizada a conclusão de mais três complexos laboratoriais, em Palmas, em Araguaína e Gurupi. Além disso, também foram finalizadas obras importantes como o restaurante universitário de Gurupi e o plano diretor de Miracema, Porto Nacional e Araguaína (Unidades CIMBA e MVZ)."
Cursos
Quanto às vagas para os cursos de graduação, a UFT disponibilizou 3.520. Ainda não há dados sobre vagas ociosas, pois a instituição está em período de matrícula para o segundo semestre de 2015. Isso por causa da greve, que durou cerca de 131 dias e foi encerrada no dia 8 de outubro.
Greve
Os professores pararam as atividades em 28 de maio deste ano. Eles reivindicavam melhores condições de trabalho, garantia de autonomia, reestruturação da carreira e valorização dos professores ativos e aposentados, além de defenderem o caráter público da educação, mas encerraram a greve sem um acordo com o governo.
Os servidores técnicos administrativos, que também estavam em greve desde maio, suspenderam a paralisação em setembro. Em nota, o sindicato da categoria havia informado que tomou a decisão porque não houve qualquer avanço nas negociações com o governo. O documento diz ainda que a intenção é mobilizar os servidores e fortalecer as bases para um "futuro momento de luta".
Fonte: http://g1.globo.com/to/tocantins/noticia/2015/12/uft-iniciou-2015-com-divida-de-r-15-mi-e-teve-corte-de-50-no-orcamento.html
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