Com a proposta de debater sobre a criação de nova Universidade Federal para o Norte do Tocantins, a comissão de professores da UFT de Araguaína promove reunião pública no auditório da OAB da cidade. O encontro é aberto à comunidade e ocorre nesta quarta-feira (14) a partir das 19 horas.
A comissão Coletivo Araguaia de Luta pela Educação e a Sessão Sindical Docente da UFT‒Araguaína irão discutir a proposta com a sociedade para que possam contribuir com a criação da Universidade Federal do Norte do Tocantins (UFNT).
Ao Araguaína Notícias um dos líderes da comissão, professor Dr. José Manoel Sanches, explicou que a ideia de uma nova federal no Tocantins havia surgido desde 2003, mas ganhou forma com o comando de greve neste ano.
Segundo Sanches, um dos principais problemas que a UFT enfrenta é causado pela distância entre os campus de norte a sul do Tocantins. O distanciamento da sede em Palmas inviabiliza o desenvolvimento especialmente da microrregião do Bico do Papagaio.
‒O estado é muito grande. A UFT tem muitas demandas. E ela [UFT] não está atendendo. Não por incompetência, mas por uma questão de condições. Uma nova universidade viria somar com a universidade que nós já temos. Declarou.
Para essa nova universidade, o projeto propõe o desmembramento do campus de Araguaína e o de Tocantinópolis. Prevê ainda criação de campus num raio de até 250 km da cidade sede (Araguaína). Os municípios cotados para sediar novos campus são: Guaraí, Xambioá e Esperantina.
‒Nós gostaríamos que essa nova universidade se fizesse mais presente nessas microrregiões, tanto do ponto de vista social, econômico, político. Porque as políticas públicas da UFT não atendem as demandas desse estado que é tão grande. Destacou Sanches.
Questionado sobre a aceitação da proposta pela sociedade, Sanches afirmou que já conta com apoio. ‒Sabemos que nosso papel como professor é propor soluções. Propor alternativas para desenvolver a região. Chegamos ao ponto que essa proposta não é mais nossa. Ela é da comunidade, da sociedade e principalmente da comunidade política.
O grupo de professores já recebeu apoio da Câmara de Araguaína, conversou com o Senador Donizete Nogueira e com o deputado federal Lázaro Botelho. Lázaro apresentou a proposta ao MEC, e inclusive há uma reunião marcada com o Secretário de Educação para esse mês de outubro.
‒ Vamos apresentar essa proposta e inclusive ouvir dele [secretário] como nós podemos melhora-la. Disse Sanches.
Mais reuniões estão sendo programadas com as câmaras municipais de outros municípios, para que a proposta seja amplamente divulgada na comunidade.
Nenhum comentário:
Postar um comentário